2 de junho de 2014

Coletividade feliz

Chega de felicidade-passageira. Bom mesmo é a felicidade-motorista. Aquela que vai desde o início da jornada até o fim. Não somente passa um punhado de minutos com a bunda grudada no assento preferencial sem ter o menor direito de estar ali. E ainda causa tumulto e bate-boca no coletivo, cheia da razão quando alguém reclama seu lugar. A felicidade-cobrador também fica por toda viagem, do primeiro ao último ponto, tem até seu charme. Mas é passível a qualquer mudança que o motorista faça, pode até saber a direção, mas não manda no sentido. E felicidade tem que ter sentido. Por isso, deve-se escolher sempre aquela que lhe acompanha até o fim e só te deixa na hora de encerrar tudo e voltar para dormir na garagem. Mas que no outro dia vai estar junta novamente, passando por todos os pontos que forem precisos.

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