21 de agosto de 2010

Calor

Mais pele. Um pouco mais de calor. Talvez só disso ele precise, pra parar de tratar do assunto como se tivesse que ser escrito, ou descrito. Tem de ser feito. Fazer piada do prazer é sentí-lo veladamente. Assim fica fácil, ruim é ir atrás dele com gosto de sangue na boca. Subir na carne, descer pela linha das costas. Mais pele, mais louca.

Chá de camomila

De quando era pequeno e corria por ali. De como era difícil, porém doce, como os tijolos de leite que sua mãe fazia. Lembrava de como era longo o percurso de todos os dias até chegar à escola. E dos amigos que ali permanecem, do jeito que os deixou. E deixou cedo, mas nunca partiu completamente. Por isso, cada dia de sua melancólica vida, ele preparava o chá que o lembrava de sua terra. Chá de camomila.