23 de agosto de 2010

Servir

Clientes sempre têm razão. O culpado sou eu.
Nunca disseram que seria fácil. E nunca diria que esperava ser.
Mas eles sempre têm razão. E mais uma vez, eu era o errado.
Eu sempre me curvando ao incerto, tentando fazer a entrada de sobremesa.
"Obedeça a ordem, rapazinho". E nem era meu primeiro dia de trabalho.
Mas meu mal era a pressa. Tentando dar conta de todos os pedidos, acabei esquecendo
de muitos fregueses. E eles não perdoavam. Mas quando eles se viravam, podia cuspir em cada prato, em cada copo. Jogava os talheres no lixo do banheiro depois os entregava com um sorriso largo. E então pouco importava se os clientes sempre tinham a razão.

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