29 de junho de 2010

Nunca de nós

Mãe, eu te amo, mas agora não. Eu sei de todo o plano. De toda a luta. E esperava que fosse diferente. As vezes, quando se cresce, você passa a querer fazer sua própria luta. Você sabe que eu lutei, luto e lutarei até o fim por nós. Pelo o que somos. Mas essa é uma luta minha. É meu começo. Por favor, não pense que esnobo suas vontades, ou que eu sonho alto demais e não conseguirei. Nós temos duas vertentes. Ou mais. E o bom da vida é o que temos que fazer pra viver o presente. E esse passa depressa. Não tem espera. Solte suas armas e deixe-me pegar as minhas.
Pai, andar em linha reta as vezes é difícil. Preciso de tempo e espaço. Tempo e espaço, assim como as flores e tudo o que é do campo. Tudo no seu espaço e em seu tempo. Pensar em atravessar pro outro lado da estrada também me dá arrepios. Ainda mais quando essa é uma rodovia, daquelas cheias de grandes carros, enormes e imponentes. E assim serei um dia. E o senhor bem conhece essa história. Fácil? Não foi! Mas hoje estamos aqui. E disso não abrirei mão. Nunca de nós.

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